Os sonhos são como borboletas ...

Foto retirada de http://olhares.aeiou.pt, autoria de Clicio Barroso
Os nossos sonhos são como borboletas ... sonhamos tanto em crianças ... criamos tantos projectos ... achamos que podemos mudar o mundo ... mas passados 30 anos ... afinal não fizemos nada ou tão pouco ...
A alegria que tenho ... é que como professora de Filosofia vou formando pessoas, cidadãos mais conscientes do mundo que os rodeia, dos problemas reais, de colocá-los a pensar por si ... e isso era um sonho que se tornou realidade ...
Sempre fui uma idealista ... sempre fui uma poetisa ... uma sonhadora ... uma defensora da liberdade, da igualdade e é engraçado ... que vejo agora que me confinei nestes últimos anos desde que casei aquela vida monótona de casa, filha, trabalho, familia ... e acham sempre que faço tão pouco, que lhes dou tão pouco ... enquanto poderia estar a fazer coisas verdadeiramente reais em prol dos outros ... fartei-me do egoísmo, do olhar para o umbigo das pessoas, do consumismo ... fartei-me do comodismo de passar o domingo de pantufas em casa a ver programas estúpidos ... tenho uma filha que precisa muito de mim ... e a maior parte do fim de semana é ajudá-la na escola ... é uma menina especial ... uma menina que partilha estes valores humanos e de justiça como a mãe ... é engraçado ... mas acho que poderia fazer muito mais ... mas é difícil quando quem está à nossa volta não compreende ... apenas a minha miúda de 11 anos ...
Estas borboletas que pairavam na minha cabeça há 20 anos voltaram a cair sobre mim... sonhos ... ou chamadas do coração?

Comentários

Unknown disse…
Às vezes fazemos de contas que não ouvimos os chamados do coração... mas o que deviamos fazer mesmo era fechar os olhos e ouvir com atenção o que ele nos quer dizer! E ter alguém nem que seja um filho que nos compreende e partilha connosco ideais como estes já é uma vitória!
Maria Fragoso disse…
E nesta altura da minha vida tem-me dado umas grandes lições sobre optimismo, esperança e nunca desistir dos meus sonhos e objectivos. Diz-me sempre: "Mãe, nada é impossível!"
Beijinhos

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