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A mostrar mensagens de novembro, 2008

Emaranhada ...

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Foto retirada de www.olhares.com Sinto-me doente ... o coração dói-me, a alma dói-me ... só me apetece chorar ... sinto-me emaranhada nesta minha vida sem saída ... sinto-me presa à família ... sinto-me presa a problemas que eu não consigo solucionar .... porque não dependem de mim ... acho que estou a enlouquecer ... a dar em doida ... sinto-me só ... acho que ninguém gosta de mim, que ninguém me ama ... o amor não é mera palavra, é acções ... e apesar de tudo tenho que manter a máscara para mostrar que tudo está bem ... para a minha filha, para a minha mãe ... mas sinto-a a cair ... cair ... e a partir-se .... no chão ... Não consigo suportar mais os fardos das mágoas, das dores, da raiva, do ódio que tens transformado o amor ou a paixão que sentia por ti ... cada vez a vida se torna um fardo, um peso cada vez mais pesado para mim ... acho que estou a enlouquecer ... talvez ... mas não são os loucos que dizem as verdades?

Quando te sentes só ....

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Sabes ... quando mesmo rodeado de pessoas te sentes só, profundamente só? Quando quem está ao teu lado só te aborrece, chateia, magoa ...??? Quando tens alguém ao teu lado que não te preenche como ser humano, não te preenche a alma e acha que o carinho que pedes é sempre demais? Sabes que quando te deitas ao seu lado, desejarias que fosse Outro que lá estivesse? Quando era adolescente ... sentia-me só ... muito só ... com poucos amigos ... sem paciência para namorados, quase sem familia ... passados vinte anos ... casada, com filhos ... contínuo a sentir o mesmo ...esta solidão enorme no meu coração ... contínuo a chorar como chorava sobre a minha almofada todas as noites ... Quando nos sentimos sós não sei se alguma vez algo ou alguém nos conseguirá preencher essa solidão ...

O imaginário ...

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Foto retirada do site http://olhares.aeiou.pt/autoria de Marcio Farias O imaginário é uma caixinha de surpresas que todos trazemos dentro de nós, uma caixinha de música onde as melodias da infância vão saindo com a bailarina sempre a rodar ... e a música faz-nos sonhar, faz-nos recordar, levar a mente, a alma para países infinitos, para reinos onde tudo e todos são felizes, onde o mundo não é a preto e branco ...mas colorido ... e onde estamos em paz ... Quando era criança gostava de sonhar, imaginar, criar histórias e fantasias ... escrevia, sonhava ... mas a verdade é que encerrei durante muito tempo este meu mundo imaginário num cofre forte e deixei-o abandonado ... aos poucos tenho vindo a abri-lo ... devagar e vejo que tenho tanto para escrever o que vem à minha mente ... mas não sei porque tenho medo de não conseguir escrever tudo ... talvez porque esteja doente e sinta que o meu pobre coração me está a atraiçoar e tenho medo ... medo de não realizar os meus sonhos, de não ver

Os amigos são como uma luz ...

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Os amigos são como uma luz , uma lamparina que vai iluminando o nosso caminho, que nos vão dando esperanças, sorrisos, carinhos, afagos, consolos de alma e de coração ... Temos momentos na nossa vida, que esquecemos e perdemos o contacto com aqueles que partilharam a sua infância connosco; que saltaram a primeira vez à macaca, saltaram à corda, ao elástico ... choraram porque cairam na rua porque brincavam às escondidas, porque tiraram Mau na prova de Matemática, com quem partilhámos os nossos primeiros amores .... Perdemos os nossos amigos de adolescência com quem vimos os primeiros livros picantes, vimos os filmes mais ousados, bebemos a primeira amêndoa amarga, fumámos o primeiro cigarro, saímos a primeira vez à noite, contámos o nosso primeiro beijo, a primeira carícia mais íntima ... Crescemos ... fomos para a Faculdade fizemos novos amigos com quem partilhámos poemas, livros, confidências, paixões, noites de borga, de prazer, de extâse, de limite ... em que já nada era real nem t

Tenho medo ...

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Foto retirada de http://olhares.aeiou.pt , autoria de VanessaDesigner Quantas vezes, desde miúda farta da vida, desejava a morte, pensava no suicídio e achava que o fim era a única solução. Tenho dias que estou tão triste , em que choro e que peço a Deus que me tire deste mundo, dias em que nada para mim faz sentido ... em que a infelicidade é o sinónimo de vida. Mas pensamos na morte como algo fácil, como se por um truque de magia tudo desaparecesse, como se entrássemos num túnel longínquo em que a luz estaria lá no fundo, como se do outro lado estivesse o paraíso... mas o fim da vida não é m truque de magia ... e por mais infeliz que eu possa estar a minha filha precisa de mim, da sua mãe, da sua amiga e confidente. Ela sabe que é comigo que pode falar das tontices da escola, dos ídolos, das parvoíces que eu pouco a censuro, rio-me com ela e ainda lhe digo piadas ...Na segunda-feira realmente tive medo, eu que dizia que não tinha medo do fim, tive medo do sofrimento, da dor, de qu

Sentou-se ao meu lado ...

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http://arcadesonhos.googlepages.com Ontem , tive a pior das sensações da minha vida, parecia que a morte se tinha sentado a meu lado naquela estação de comboios, entrei no comboio e a viagem que fiz de hora e meia pareceu-me a última viagem da minha vida ... senti-me tão mal, julguei que não chegaria a porto seguro ... tive medo, rezei para Deus me ajudar, para me dar força ... o comboio parou a meio Meu Deus, nunca mais chegava ... mas lá consegui chegar ... Fui para o hospital, não estava nada bem ... sei que tenho que mudar a minha vida ... senão o colapso acontecerá inevitavelmente ...

O meu anjo

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Foto reirada da net - http://olhares.aeiou.pt/foto2007213.html Nestes últimos tempos voltei a ter aquelas ideias estranhas, voltei a sentir esta angústia atroz dentro de mim, voltei a soltar as lágrimas, a chorar, a escrever compulsivamente para aliviar a minha dor, aquele fundo que está na minha alma, no meu coração ... Quando acordo de madrugada, já nem paciência tenho para escolher a roupa, o calçado, a maquilhagem ... ligo apenas o piloto automático da minha mente e sigo ... sigo viagem ... vou trabalhar ... nem quero saber ... o meu corpo está lá, mas o meu pensamento não ... sei que estou longe ... bem longe daqui e dali ... de tudo e de todos ... sei que as minhas aulas tem sido estranhas ... sei que tenho falado muito em utopia, em vida, em morte, em sonho, em decisões, em liberdade, no destino ... olho para os meus alunos e sei que eles sentem que eu não estou bem ... sei que eles sabem que eu quero dizer-lhes algo com tudo aquilo que lhes falo, talvez por isso me digam que s

Incompletude

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Quando és uma mulher do pensamento, estás habituada a falar muito de ideias, de ideais, de espírito há determinadas coisas que para ti são "clichés" e achas que, por vezes, mais vale falar de prazer e de corporiedade para esqueceres um pouco daquilo que falas todos os dias. Olhas para o teu passado e vês as alturas em que pensavas na morte, no suicídio e que nada fazia sentido ... eras ateia ... pensavas que Deus era um mito ou mais uma personagem de uma série bem elaborada de Banda Desenhada, quase por desespero agarraste-te a Ele, talvez para não te matares , talvez para não cometeres aquelas loucuras que te vinham à cabeça. Quando O conheceste choraste muito, muito ... a dor imensa que havia dentro de ti precisava de ser expurgada, liberta ... prometeste a ti mesma que seria em prol dos outros que serias feliz, prometeste a ti mesma que farias o bem, darias pão a quem tivesse fome, levarias água a quem tivesse sede, estenderias as tuas mãos a quem precisasse de ajuda, os

Sem saber ...

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Foto retirada do site www.olhares.com Quando julgamos que já tinhámos vivido tudo, em que a nossa vida vai seguindo o curso normal, mesmo sabendo no nosso íntimo que não é nem por sombras aquilo que desejávamos, a vida prega-nos partidas e o nosso coração brincalhão , traiçoeiro que é acaba por nos fazer umas surpresas incómodas. Achamos que já não há nada de novo para viver e damos por nós a sentir emoções, ardores no peito, batimentos fortes, acabamos por ter pensamentos que começam a assaltar a nossa mente de repente ... a vida prega-nos partidas que não queremos acreditar, sentimos no nosso peito aquilo que sentiamos aos 18 anos quando nos apaixonavamos. No entanto, temos mais vinte anos em cima e nem tudo é assim tão fácil como era naquele tempo. Lutamos contra um sentimento que não queríamos sentir, mas há coisas que são mais fortes que nós; há sentires que não podemos apenas descartar e esquecer ... o coração continua a pulsar todos os dias, o pensamento foge e não o conseguim

A cereja em cima do bolo

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Foto retirada de http://olhares.aeiou.pt/ Existem momentos na nossa vida, que pensamos que estão a ser divinais, sublimes que melhor não poderão ser ... mas quando vemos com atenção há sempre um pequeno senão, há sempre algo a apontar ... julgamos então ser demasiado perfeccionistas, exigentes demais para com os outros, para connosco mesmos ... Momentos perfeitos ... ou imperfeitos ... momentos que julgamos estar a vivê-los, a presenciá-los de uma forma única para toda a vida; talvez, a sublimidade esteja também na imperfeição. Quantas vezes, ao ouvir uma música, ao ler um poema, um romance, ao observar um paisagem as lágrimas caiem-me, o meu ser balbuciona porque sei que estou a viver um momento único ... Quantas vezes, ao amar e ser amada, sei que vivo momentos sublimes, longe do mundo, da vida, da multidão em que comungo com o Mundo, o Universo, com Deus, ali mesmo ... no meu recanto ... Quantas vezes, ao sentir que há um sentimento forte em mim e me entrego de corpo e alma, sem es

As palavras

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Foto retirada da net São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas. Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras? Eugénio de Andrade

Os olhos ....

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Foto retirada da net "O que me interessa nos olhos é que eles são uma parte do corpo que não envelhece." Derrida

Adeus

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Imagem retirada da net Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar. Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário, era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco mas é verdade, uns olhos como todos os outros. Já gastámos as palavras. Quando agora digo: meu amor, já não se passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, t

Para que um encontro aconteça ...

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Imagem retirada da net «O encontro entre elas não foi nem agradável nem desagradável. Simplesmente não existiu. Para que um encontro aconteça, duas pessoas têm de reunir-se num mesmo lugar e num mesmo espaço. E nenhuma das duas morava na mesma casa. Isabel continuava a viver em Espanha, Citlali em Tenochitlan. Se não havia forma de se dar o encontro, muito menos a comunicação. Nenhuma das duas falava a mesma língua. Nenhuma das duas se reconhecia nos olhos da outra. Nenhuma das duas trazia as mesmas paisagens no olhar. Nenhuma das duas percebia as palavras que a outra pronunciava. E não era uma questão de entendimento. Era uma questão do coração. É aí que as palavras adquirem o seu verdadeiro significado. E o coração de ambas estava fechado. Por exemplo, para Isabel, Tlatelolco era um lugar sujo e cheio de índios, onde tinha forçosamente de ir abastecer-se e onde dificilmente encontraria açafrão e azeite. Em compensação, para Citlali, Tlatelolco era o lugar que mais gostava de visitar

Humildade

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Fazer das coisas fracas um poema. Uma árvore está quieta, murcha, desprezada. Mas se o poeta a levanta pelos cabelos e lhe sopra os dedos, ela volta a empertigar-se, renovada. E tu, que não sabias o segredo, perdes a vaidade. Fora de ti há o mundo e nele há tudo que em ti não cabe. Homem, até o barro tem poesia! Olha as coisas com humildade. Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

As minhas unhas e eu ...

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Foto de Ennoea Sempre rói as unhas desde pequenita ... quando estava mais nervosa, distraída, a ver televisão, nas aulas ... aonde calhava ... acho que tinha herdado este costume do meu pai. Ficavam pequeníssimas, dóiam-me imenso, mas continuava a roer ... olhava para as unhas compridas das minhas amigas e achava horrível ... a minha mãe pintava-as de vermelho ... dizia-lhe que era pirosa .... via certas pessoas com as unhas enormes, todas partidas, sujas e sei lá ... achava nojento e preferia mil vezes ter as minhas unhitas minúsculas. Já depois de começar a trabalhar a manicura insistia comigo que devia deixar crescer as unhas, mas a verdade é que lá colocava verniz transparente, punha um produto que se usava na farmácia, comia pastilhas e nada ... continuava a roer. Quando casei lá me contive durante uns tempos para ir com as mãos apresentáveis e as unhitas lá cresceram um bocadinho. Mas durante a lua de mel ...desapareceram num instante! Há quatro anos, ganhei coragem e deixei cres

Tempo de pausa ...

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Foto de Ennoea Quando me sento ... para começar a minha viagem de todos os dias ... olho a paisagem, coloco o MP3, abro um livro para ler ou retiro umas folhas onde vou escrevinhando o que passa pelo pensamento ... olho lá fora a paisagem que passa bem rápido ... é o meu momento de pausa , um momento em que posso estar comigo, com a minha imaginação, com os meus pensamentos ...