A um amante desconhecido
Amante, amado, amigo
Como se pudessemos ser amigos e amantes?
Entre a procura e o encontro ...
Entre a felicidade e a raiva ...
Entre o amor e o ódio ...
Esta disparidade de sentires contrários
procuro um amante desconhecido ...
Um amante, amado
que me complete,
o meu outro lado,
o reverso do espelho,
a outra-face.
Amante, amado,
a eterna procura pela alma gêmea
(Se é que ela existe?),
pelo complemento do Eu, da pessoa,
do próprio Ser como se
de um puzzle se tratasse.
Amante ...
que solte a Loucura reprimida,
que solte a alma presa,
acorrentada ... porque a Vida
é mais que Química,
é mais que meros talvez ...
é mais do que simples emoções ...
é SIM ou NÃO,
é Verdade.
Procuro-te nesta nebluosidade
existencial como se aguardasse
pela vinda de um D. Sebastião quimérico ou
de um Quinto Império pessoano
utopia talvez ...
por isso ... ainda contínuo a acreditar
que tu existes ...
amante desconhecido.
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