O bem e o mal onde eles se encontram?





O bem e o mal encontram-se gravados nos nossos genes, a moralidade, a bondade , a empatia como a violência, a selvajaria, a ferocidade podem encontrar-se na maior diversidade da espécie humana. Tudo isto poderá coexistir na mente humana, mente sã ou na plena insanidade mental.
O ser humano é um espécie capaz de uma bondade extrema, cuidamos uns dos outros, amamos, choramos, doamos órgãos … mas simultaneamente matamo-nos uns aos outros. Não é necessário referir aqui os diversos crimes que são feitos contra a humanidade! Somos a espécie mais inteligente, mas também a mais cruel e sanguinária, uma contradição e uma vergonha. Somos a única espécie com linguagem, a usar instrumentos … mas o que nos devia separar das outras espécies deveria ser o sentido da moralidade, o tal entendimento entre o bem e o mal, o certo e o errado, a dor do outro … poderá ser difícil conceptualizarmos a verdadeiro sentido de moralidade mas adquirimo-lo desde a nossa infância, poderão afirmar que está relacionado com a educação, com a sociedade mas o nosso comportamento moral é muito disperso, muitas das vez até intuitivo. Mas donde vêm essas intuições?
O fenómeno mais profundo onde reside a moralidade é a empatia e a compreensão de que aquilo que me magoa também te magoa a ti. Mas apesar de termos quase intuitivamente, instintivamente essa noção de moralidade é a comunidade que lhe dá sentido, são as pessoas que nos rodeiam que nos passam esse ensinamento. As comunidade humanas impõem os seus próprios deveres, mas estes podem variar radicalmente de cultura para cultura.
Outro exemplo que possuímos é o código moral de um grupo e um dos instrumentos mais poderosos é a prática da rejeição. Se a pertença a uma tribo é a maneira de assegurarmos alimentos, família, protecção; ser rejeitado pode ser terrível.
Cabe-nos agora questionar, porque pisamos o risco, porque nos tornamos maus?
Claro está que há as pequenas maldades, os pequenos actos de insanidade; no entanto, há situações de insanidade mental e de comportamentos desviantes que são graves e são crime.
Um dos factores poderá ser lesões a nível neurológico, como o caso de Phineas Gage, ferido num acidente ferroviário que após o mesmo começou a ter mudanças de personalidade ( vide obra de António Damásio). Questionar-se-à se os assassínios, os serial killers, ou pessoas com tendências maquiavélicas não terão alguma parte do seu cérebro afectada, por exemplo na amígdala( estrutura que nos ajuda a fazer a ligação entre os actos maus e a punição).
Outra noção presente é a do Outro, isto é, a linha separadora entre quem é próximo e quem é estranho. Por exemplo, um assassínio em série é capaz de matar atrozmente mas preserva a sua família.

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